Resultado da Busca
Ao Farol é a transposição artística da memória dos verões passados em St Ives e da relação com os pais. Mas um romance, se bem concebido, nunca é um relato autobiográfico. Tal como no sonho freudiano, a artista procede por condensações, deslocamentos, deformações. O Sr. Ramsay não é Leslie Stephen.
Ao Farol é a história da família Ramsay e de como eles lidam com mudanças. A personagem central é a Sra. Ramsay, uma mulher esplendorosa, que faz de tudo para manter a harmonia familiar, que é constantemente desfeita pelo próprio marido, um homem rabugento, amargo, perdido em sua própria inteligência, que o torna só.
O ápice literário de Virginia Wool Sra. Ramsay, uma mulher maternal e serena; sr. Ramsay, um renomado e árido filósofo; os filhos e criados do casal; Lily, amiga da família. Todos estão passando o verão na Ilha de Skye, na Escócia.
O filho James Ramsey, de seis anos de idade, quer desesperadamente ir ao farol, e sua mãe é sucinta quando diz que eles só irão ao farol se o tempo permitir. Seu pai, Sr, Ramsey, corta as pretensões do filho, e este se ressente amargamente do pai.
Ao Farol é um romance rico, multifacetado, cujo vários e combinados aspectos compõem a marca da grande obra-prima. Representa ricamente seu tempo, revelando a vida de uma famíla inglesa abastada, a ameaça soturna da guerra, tratando também da inevitabilidade da passagem do tempo e da morte.
Ao Farol é a transposição artística da memória dos verões passados em St Ives e da relação com os pais. Mas um romance, se bem concebido, nunca é um relato autobiográfico. Tal como no sonho freudiano, a artista procede por condensações, deslocamentos, deformações.
Ao Farol é a história de um casamento e de uma infância. É um lamento de dor pela perda de pais fortes e amados. Virginia Woolf queria chamá-lo ‘elegia’ em vez de romance. O livro também diz respeito à estrutura de classe inglesa e à radical ruptura com o vitorianismo após a Primeira Guerra Mundial.