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O poema O Bicho, escrito pelo autor pernambucano Manuel Bandeira (1886 - 1968), tece uma dura crítica social à realidade brasileira dos anos quarenta. Conciso, o poema faz, com precisão, um registro da miséria humana.
Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.
O bicho é um dos poemas mais conhecidos de Manuel Bandeira. Este pequeno poema reúne, em pouquíssimos versos, uma crítica social à realidade brasileira do século XX e uma crítica à própria miséria humana.
Manuel Bandeira. Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira organiza “O bicho” como um filme hitchcockiano: vai em conta-gotas revelando-nos a trama, o enredo, para só no final, num clímax de emoção, de suspense, mostrar quem é o bicho − um bicho-homem.
26 de nov. de 2015 · O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Datado de “Rio, 25-2-1947”, e publicado neste ano em Belo belo, o poema O bicho é um dos mais conhecidos de Manuel Bandeira.
16 de mai. de 2009 · O Bicho: poema de Manuel Bandeira sobre a dignidade humana. by Cristiano Bodart. maio 16, 2009. Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.