Yahoo Search Busca da Web

Resultado da Busca

  1. 26 de jul. de 2017 · 12 instigantes poemas do poeta Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) Por Revista Prosa Verso e Arte. 26 de julho de 2017. A água de aqui é boa, não é? Se é! Quantos vinhos que julguei melhores bebi! A água de aqui — a verdade! A verdade não — a melhor aparência dela… Quando, em grandes praças de eu distra [ído],

    • Apontamento
    • Todas as Cartas de Amor São Ridículas
    • Trapo
    • Demogorgon
    • Escrito Num Livro Abandonado em Viagem
    • Esta Velha
    • Estou Cansado
    • Há Mais
    • Mas EU
    • O Sono

    A minha alma partiu-se como um vaso vazio. Caiu pela escada excessivamente abaixo. Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso. Asneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir. Fiz barulho na queda como um va...

    Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por ...

    O dia deu em chuvoso. A manhã, contudo, esteve bastante azul. O dia deu em chuvoso. Desde manhã eu estava um pouco triste. Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma? Não sei: já ao acordar estava triste. O dia deu em chuvoso. Bem sei, a penumbra da chuva é elegante. Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. Bem sei: ser susceptível às m...

    Na rua cheia de sol vago há casas paradas e gente que anda. Uma tristeza cheia de pavor esfria-me. Pressinto um acontecimento do lado de lá das frontarias e dos movimentos. Não, não, isso não! Tudo menos saber o que é o Mistério! Superfície do Universo, ó Pálpebras Descidas, Não vos ergais nunca! O olhar da Verdade Final não deve poder suportar-se!...

    Venho dos lados de Beja. Vou para o meio de Lisboa. Não trago nada e não acharei nada. Tenho o cansaço antecipado do que não acharei, E a saudade que sinto não é nem no passado nem no futuro. Deixo escrita neste livro a imagem do meu desígnio morto: Fui, como ervas, e não me arrancaram.

    Esta velha angústia, Esta angústia que trago há séculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lágrimas, em grandes imaginações, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum. Transbordou. Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas não:...

    Estou cansado, é claro, Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado. De que estou cansado, não sei: De nada me serviria sabê-lo, Pois o cansaço fica na mesma. A ferida dói como dói E não em função da causa que a produziu. Sim, estou cansado, E um pouco sorridente De o cansaço ser só isto — Uma vontade de sono no corpo, Um desejo de não pe...

    Há mais de meia hora Que estou sentado à secretária Com o único intuito De olhar para ela. (Estes versos estão fora do meu ritmo. Eu também estou fora do meu ritmo.) Tinteiro grande à frente. Canetas com aparos novos à frente. Mais para cá papel muito limpo. Ao lado esquerdo um volume da “Enciclopédia Britânica”. Ao lado direito — Ah, ao lado direi...

    Mas eu, em cuja alma se refletem As forças todas do universo, Em cuja reflexão emotiva e sacudida Minuto a minuto, emoção a emoção, Coisas antagônicas e absurdas se sucedem — Eu o foco inútil de todas as realidades, Eu o fantasma nascido de todas as sensações, Eu o abstrato, eu o projetado no écran, Eu a mulher legítima e triste do Conjunto Eu sofr...

    O sono que desce sobre mim, O sono mental que desce fisicamente sobre mim, O sono universal que desce individualmente sobre mim — Esse sono Parecerá aos outros o sono de dormir, O sono da vontade de dormir, O sono de ser sono. Mas é mais, mais de dentro, mais de cima: E o sono da soma de todas as desilusões, É o sono da síntese de todas as desesper...

  2. Cerca de 85 poemas de Alváro de Campos. Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Álvaro de Campos. Pessoa, F. Poemas Escolhidos de Álvaro de Campos. Lisboa: Assírio & Alvim. 2013. Nota: Trecho do poema "Tabacaria".

  3. 4 de ago. de 2013 · Poemas Completos de Álvaro de Campos. Antologia poética do heterónimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, que reúne toda composição poético assinada com o seu nome. Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!

  4. Álvaro de Campos. Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras, Acordar da Rua do Ouro, Acordar do Rocio, às portas dos cafés, Acordar. E no meio de tudo a gare, que nunca dorme, Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.

  5. Tabacaria é um poema longo e complexo, onde o heterônimo Álvaro de Campos levanta as questões centrais que regem a sua poesia. A obra é das criações poéticas mais famosas de Fernando Pessoa.

  6. Poemas de Álvaro de Campos. No longo poema “Opiário”, composto em versos regulares, o eu lírico mostra o ópio como uma forma de fugir da realidade.

  1. Buscas relacionadas a poema de álvaro de campos

    poema de álvaro de campos pdf