Yahoo Search Busca da Web

Resultado da Busca

  1. 8 de ago. de 2019 · Torturador ou herói nacional: Quem foi o coronel Ustra? Nesta quinta-feira, 8 de agosto, o presidente Bolsonaro voltou a exaltar a memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra. Conheça o torturador que por muito tempo viveu em liberdade, sem responder por seus crimes

    • Início de Carreira
    • Destaque
    • Sucursal Do Inferno
    • DOI-CODI
    • Chefia
    • OS “Passeios”
    • Sumiço de Cadáveres
    • Atropelamentos
    • Eletrochoque E Palmatórias
    • Fora de Jogo

    Nascido em Santa Maria, RS, Ustra teve uma carreira militar inicialmente discreta. Pacato, enquanto os colegas oficiais se envolveram ativamente nos bastidores políticos a partir do fim da ditadura de Getúlio Vargas, em 1945, ele não se meteu em conspirações ou casos polêmicos até o endurecimento do regime militar, em 1968.

    Ustra chamou atenção no Exército com textos em que defendia o trabalho de contrainteligência para impedir que o país virasse uma ditadura socialista. Com o aumento das ações de guerrilheiros, que faziam atentados desde 1966, o regime organizou uma resistência. Ustra, então major, foi um dos selecionados.

    A resistência começou com o centro de investigações conhecido como Operação Bandeirante (Oban). Criada em São Paulo, em 1969, a Oban torturava dissidentes para obter informações sobre os colegas militantes. A um dos presos, frei Tito, Ustradisse, em 1970: “Você vai conhecer a sucursal do inferno”.

    O sucesso da Oban fez o governo criar o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi). Com sede nas principais capitais, ele tinha celas de detenção e salas de interrogatório – e de tortura. Ustracomandou o Doi-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974 e era chamado de “doutor Tibiriçá” (não se sabe por quê).

    O trabalho sujo, como espancamentos, choques e afogamentos, cabia aos gorilas (policiais e militares que demonstravam prazer em agredir os prisioneiros). Envolvido no dia a dia da operação, Ustra cumpria um papel de chefia: instruía os agentes de campo e os torturadores para focarem na caça aos opositores do regime militar.

    Ustranão acompanhava todas as torturas. Aparecia do nada em casos difíceis para fazer os “passeios” que lhe deram fama: abraçava o detento e o levava a uma sala, onde havia o corpo de um militante. “Se você não falar, vai acabar assim”, dizia. Ele chegou a espancar uma grávida e, certa vez, levou filhos para ver uma mãe torturada.

    Um problema era o que fazer com os corpos. No DOI-Codi paulistano, foram 47 mortos oficialmente, mas a Comissão da Verdade, que investigou os abusos da ditadura, calcula que o escritório matou 502 pessoas. Nas décadas de 1990 e 2000, Ustrafoi processado várias vezes por ocultar cadáveres, especialmente em valas comuns do cemitério de Perus, na capi...

    Outra estratégia era o atropelamento forjado: os agentes diziam que o guerrilheiro estava fugindo quando foi atingido. Muitas vezes, nem precisavam atropelar de verdade o corpo da vítima, porque ela já estava machucada demais. Em outras ocasiões, as Kombis e os Fuscas dos agentes eram usados para acertar os cadáveres.

    Segundo a Comissão da Verdade, ele também utilizou eletrochoque e palmatórias no Doi-Codi. Saiu de lá em 1974 e se tornou instrutor da Escola Nacional de Informações (EsNI), em Brasília, onde escreveu uma cartilha que pregava o uso de “interrogatórios com mais rigor”. Também se envolveu com maus-tratos a presos na Fazendinha, centro de tortura secr...

    Em 1978, Ustra foi destacado para São Leopoldo, RS. Quando o regime militar acabou, virou adido militar em Montevidéu. Em 1985, durante a visita do presidente José Sarney ao Uruguai, foi reconhecido pela atriz Bete Mendes. Deputada federal na época, ela disse ter sido torturada pelo coronel. Com o escândado, Ustrafoi aposentado.

    • Super
  2. Carlos Alberto Brilhante Ustra (Santa Maria, 28 de julho de 1932 – Brasília, 15 de outubro de 2015) foi um coronel da ativa do Exército Brasileiro, ex-chefe dos centros de tortura e assassinato de pessoas que se opunham à ditadura militar, [1] o DOI-CODI do II Exército (de 1970 a 1974), um dos órgãos atuantes na repressão ...

  3. 19 de abr. de 2016 · As declarações geraram polêmica, especialmente pela referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de...

  4. Primeiro militar reconhecido pela Justiça como torturador e um dos mais notórios agentes da repressão da ditadura militar brasileira, Carlos Alberto Brilhante Ustra foi exaltado pelo deputado Jair Bolsonaro durante seu voto pelo impeachment de Dilma Rousseff, teve sua imagem associada ao controverso bloco carnavalesco “Porão do DOPS”, em São Pau...

  5. 22 de mar. de 2018 · Primeiro militar reconhecido pela Justiça como torturador e um dos mais notórios agentes da repressão da ditadura militar brasileira, Carlos Alberto Brilhante Ustra foi exaltado pelo então deputado e atual candidato a presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, durante seu voto pelo impeachment de Dilma Rousseff, teve sua imagem ...