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15 de set. de 2013 · Uma das feministas que mais abalou essa concepção, trazendo novas perspectivas para os estudos de gênero, foi a historiadora estadunidense Joan Scott, quando da escrita de seu célebre artigo Gênero: uma categoria útil de análise histórica (1995), publicado originalmente em 1986.
Joan Wallach Scott é uma historiadora norte-americana, nascida em 18 de dezembro de 1941 no Brooklyn, cujo trabalho, inicialmente dedicado à história francesa (movimento operário e história intelectual) foi direcionado na década de 1980 para a história das mulheres a partir da perspectiva de gênero [1].
Esse fato ocorrido no Encontro Feminista ressalta a pertinência analítica do estudo sobre o passado e, ao mesmo tempo, absolutamente atual o trabalho de Joan Scott sobre o feminismo francês, do século XVIII ao início do XX - A Cidadã Paradoxal - as feministas francesas e os direitos do homem.
- Érica Melo
- 2008
Joan W. Scott – Obtive meu doutorado em 1969 com uma dissertação sobre a história do trabalho na França. Comecei a lecionar no início da década de 1970, no momento do surgimento da segunda onda do feminismo nos Estados Unidos.
Joan Scott é professora da Escola de ciências Sociais do Instituto de altos Estudos de Princeton, Nova Jersey. É especialista na história do movimento operário no século XIX e do feminismo na França. É, sem dúvida, uma das mais importantes teóricas sobre o uso da categoria gênero em história. GÊNERO: UMA CATEGORIA ÚTIL PARA ANÁLISE HISTÓRICA.
Voltemos a Joan Scott e a sua própria definição de gênero. Para ela o gênero é “um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder”.14 Estas diferenças se fundam em símbolos culturalmente
militante feminista Joan Scott e nas “várias” temát icas por ela abordadas no decorrer de sua trajetória acadêmica, discorre também sobre o papel da História no trato das relações de gênero enquanto objeto de estudo necessário e “categoria útil de análise histórica”.
